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FILTRO DE TUTORIAIS:
Quando nos referimos a um sistema UNIX, poderíamos dizer que qualquer coisa dentro do sistema é um arquivo. O que não é arquivo é um processo.
Embora haja vários tipos de arquivos com finalidades especifícas dentro do sistema e que podem ser considerados mais do que simples arquivos; named pipes e sockets são um bom exemplo disso; poderíamos dizer acertadamente que o sistema trata tudo como arquivo. Não há diferença para o sistema portanto entre um arquivo e um diretório já que um diretório nada mais é do que um arquivo contendo uma lista de arquivos.
Do ponto de vista funcional, poderíamos dividir os arquivos em duas categorias, os arquivos regulares (texto, imagem, planilhas, programas, etc...) e os arquivos ditos especiais (named pipes, sockets, dispositivos, etc...).
Abaixo listamos os mais comuns:
Diretórios – Arquivo que contém uma lista de outros arquivos
Arquivos Especiais – Mecanismo usado para entrada / saída. Eles estão no /dev.
Links – Método utilizado para fazer um arquivo ou diretório visível em outras partes da árvore que compoe o sistema de arquivos.
Sockets – Tipos de arquivos voltados para a comunicação entre processos dentro de uma rede.
Named Pipes – Similar aos sockets, se diferenciando destes apenas quanto a forma utilizada para a comunicação entre os processos.
Uma maneira de visualizar e saber com que tipo de arquivo estamos lidando, é através do comando “ls –l”.
Nos tutorials anteriores quando digitávamos o comando obtínhamos como resultado algo do tipo abaixo.
Figura 40 – Saída de um comando ls
Observe o primeiro caractere de cada linha à esquerda, “d” indica que estamos diante de um diretório e “-“ de um arquivo. Além destes temos ainda:
Vá para o diretório /dev e digite “ls –l | more” para ver uma amostra dos outros tipos.
Figura 41 – Amostra de tipos de arquivos
Figura 42 – Amostra de tipos de arquivo – Cont.
Uma outra forma seria usando a opção “F” do comando ls. A saída diferencia diretórios, links, arquivos, usando símbolos como: /, @, | , veja um exemplo:
Figura 43 – Saída de um comando “ls –F” dentro do dir /dev.
» Assim, os nomes que terminam por “/” são diretórios, os que terminam por “@” são links, os que terminam com “|“ são blocos.
Como usuário você só vai precisar se preocupar com arquivos regulares, diretórios e links.
6.1 – Segurança de arquivos
No linux cada arquivo tem um dono que pode ser um único usuário ou um grupo de usuários. Para cada grupo de usuários permissões de acesso podem ser permitidas ou negadas. Existem arquivos que não podem ser acessados e/ou alterados por determinado grupo de usuários, tais como os arquivos de sistema e configuração. Isso é necessário para que a integridade do sistema seja mantida.
Para visualizar as permissões setadas em arquivos, utilizamos o comando ls.
Figura 44 – Visualizando permissões
Observe que após o primeiro caractere de cada linha existem mais 9. Esses nove (divididos em grupos de 3) mostram as permissões de leitura (r), escrita (w) e/ou execução (x) setadas da seguinte forma:
Logo tendo por base a saída do comando ls da figura 44, teríamos a seguinte leitura:
- O usuário curso e o grupo curso tem permissão de leitura e escrita para todos os arquivos do diretório
- Os outros usuários tem permissão de somente leitura.
» o “-“ significa que negação para aquele tipo de permissão.
6.1.2 – Mudando permissões
Em alguns casos pode ser conveniente mudar as permissões de um arquivo ou grupo de arquivos. Imagine o caso de arquivos confidenciais que não deveriam ser acessados por qualquer usuário. Usamos o comando chmod para mudar as permissões, ele pode ser usado tanto com argumentos literais ou numéricos conforme veremos a seguir.
Sintaxe: chmod [codigos de acesso] [arquivo ou diretório]
O chmod suporta o uso de metacaracteres.
Os códigos de acesso estão descritos nas tabela abaixo:
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