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FILTRO DE TUTORIAIS:
No último tutorial ficou a seguinte proposta de exercício:
E se contabilidade não tivesse observado o principio da competência, assim não contabilizando as despesas de aluguéis e condomínio, no mês correto (no caso em Agosto), deixando para contabilizá-las diretamente como despesa no mês de Setembro, que é quando ocorrerá seu pagamento, qual teria sido o lucro ou prejuízo que a empresa teria apresentado no mês de Agosto?
Vamos a correção.
Sabendo que o valor do aluguel é de R$ 400,00 e do condomínio de R$ 50,00. O total dessas despesas somam R$ 450,00.
Se a empresa não tivesse contabilizado tais despesas no mês de ocorrência (Principio da Competência), para contabilizá-las no mês de pagamento, logicamente o lucro apresentado no balanço de agosto seria maior em R$ 450,00, assim podemos dizer que o lucro que a empresa apresentaria seria de R$ 470,50. Que seria apurado na contabilidade da seguinte forma:
Vejam que todos os lançamentos são quase os mesmos do último exercício, com exceção da contabilização das despesas de aluguel e condomínio que deixou de ser feita nessa caso.
Logo nosso balanço final ficaria assim:
Em caso de duvida releia o tutorial passado.
Vamos continuar com nosso aprendizado na apuração do resultado.
Nos tutoriais passados, aprendemos a contabilizar custos, despesas e receitas, essa última referente as vendas efetuadas.
Na realidade existem várias outras formas de se obter uma receita, que nem sempre provém de venda.
Vejam que no balanço acima, a empresa tem R$ 2.170,50 em caixa, além disso, ainda tem R$ 1.200,00 de clientes para receber, e mais R$ 1.800,00 em estoque de mercadoria. E apresenta como obrigação somente, R$ 700,00 de fornecedores (lógico que nós sabemos que ela ainda tem mais R$ 450,00 de aluguel e condomínio a pagar, que não estão contabilizados).
Já considerando essas obrigações, aluguel e o condomínio e mais a dívida com o fornecedor, poderíamos dizer que a empresa dispõe de R$ 1.020,50 de dinheiro no caixa, que esta livre, ou seja, não tem obrigações a pagar relativos a esse dinheiro.
Vamos fazer o cálculo para ficar melhor:
Feito o cálculo dos pagamentos que a empresa tem a vencer, e o caixa que dispõe, chegamos a conclusão que a empresa ainda dispõe de R$ 1.020,50.
No mundo dos negócios, dizemos que dinheiro parado (em caixa) é desperdício, mas porque isso?
Porque na verdade, a empresa se tem dinheiro sobrando, pode aplicar tal sobra no mercado financeiro, ou mesmo numa poupança, a fim de obter ganhos com juros certo? Ou poderia investir comprando máquinas, veículos ou até mesmo mais estoque, se assim fosse a estratégia da administração da empresa, vamos considerar que não seja o caso agora.
Entendido que a empresa dispõe de R$ 1.020,50 sem compromissos vamos supor que a administração resolveu aplicar tal dinheiro num banco a fim de ganhar juros, para efeitos de simplificação vamos supor que a empresa aplicou R$ 1.000,00, no banco A, e este oferece um rendimento de 5% ao mês. Tal aplicação foi efetuada no dia 01 de Setembro.
Vamos contabilizar toda a operação, até o rendimento da aplicação. Para tal consideraremos o último balanço efetuado o qual já constava contabilizado o aluguel e o condomínio a pagar. Que é esse:
A primeira operação logicamente seria a abertura de uma conta bancaria no banco A. Com um deposito no valor de R$ 1.500,00.
A segunda seria a aplicação de R$ 1.000,00 num fundo de investimento do Banco A.
A terceira é o pagamento do aluguel e do condomínio, agora como a empresa já tem conta em banco, o pagamento foi efetuado com cheque.
A quarta e ultima operação seria a contabilização do rendimento que a aplicação financeira gerou.
Para efeitos de simplificação consideraremos que não foi feita mais nenhuma operação.
O primeiro passo como sempre seria a abertura dos razonetes com os saldos iniciais, e depois a contabilização propriamente dita.
Analisemos somente as contas que tiveram movimentos.
A conta caixa tinha um saldo inicial de R$ 2.170,50, como a empresa abriu uma conta no Banco A, e para tal, fez um depósito no valor de R$ 1.500,00, concluímos que a houve uma diminuição no saldo da conta Caixa em R$ 1.500,00, logo creditamos tal conta, em contra partida houve um aumento na conta Banco A, que registra um direito que a empresa tem contra o banco, logo uma conta de Ativo, assim houve um débito nessa conta de R$ 1.500,00, aumentando assim o seu saldo.
A segunda operação seria o registro da aplicação financeira. Percebam que abrimos uma outra conta chamada de Aplicações Financeiras – Banco A.
Isso porque algumas aplicações financeiras exigem um prazo mínimo de permanência. Assim o dinheiro que esta na conta corrente bancária, e o dinheiro que está aplicado não se “misturam”, mesmo estando no mesmo banco, ou seja, a empresa fica sem possibilidade de usá-lo durante tal prazo, além do mais, fica mas fácil de interpretar o balanço separando a conta de aplicação financeira da conta corrente da empresa.
Basta você olhar o balanço e identificar quanto você tem na conta e quanto você tem na aplicação, se fosse contabilizado tudo junto (SALDO DE CONTA + SALDO DE APLICACAO), na mesma conta, no nosso caso a conta seria BANCO – A, caso quiséssemos saber quanto temos aplicado teríamos que recorrer ao extrato bancário, para identificar o que está aplicado, do que esta depositado na conta corrente da empresa.
Assim como a empresa fez uma aplicação de R$ 1.000,00, creditamos a conta BANCO – A em tal valor, e debitamos a conta de Apl. Financeiras – Banco A no mesmo valor, registrando assim a diminuição no saldo da conta bancaria e o aumento na saldo da conta de aplicação financeira.
Após foi feito o registro do pagamento do aluguel e do condomínio da empresa, debitamos a conta de Aluguel e Condomínio a Pagar, e creditamos a conta Banco – A, porque o pagamento foi feito com cheque.
Percebam que nesse caso, fizemos um lançamento de terceira fórmula, ou seja, 2 contas debitadas (Aluguel e Condomínio a Pagar) e uma conta creditada (Banco – A). Dessa forma simplificamos o lançamento. Os registro estão com o numero 3 entre parênteses para melhor identificação.
Passado um mês, o dinheiro aplicado rendeu juros, e chegou a hora da contabilidade reconhecer tal rendimento, assim abrimos uma conta chamada de RENDIMENTO DE APLICACÕES FINANCEIRAS, uma conta de RECEITA, para registrar nela o rendimento (ganho) que a empresa teve. Se foi um ganho sabemos que aumentará o patrimônio liquido da empresa, logo essa conta deve ser creditada. Como o rendimento foi de 5% sobre o valor aplicado (R$ 1.000,00) calculamos que o rendimento foi de R$ 50,00 e registramos tal valor a crédito nessa conta, e em contra partida aumentamos a débito o saldo da conta de APL. FINANCEIRAS – BANCO A, no mesmo valor.
Esse lançamento no final do mês é feito com a intenção de obedecermos ao Principio da Competência, pois o rendimento que a empresa ganhou, foi referente ao mês de Setembro, logo já estamos a reconhecendo no mês de ocorrência.
Caso não fosse observado tal princípio o rendimento seria reconhecido pela contabilidade no mês de resgate, assim entendido o mês em que a empresa retira o dinheiro da aplicação. Porém já aprendemos que isso é errado.
O registro do rendimento é feito, com base no extrato da aplicação financeira, que banco envia pelo correio, ou que a empresa retira pela internet.
Somente para efeitos de demonstração vamos demonstrar como seria um tipo de extrato.
Seria mais ou menos da forma acima um extrato de uma aplicação financeira, logicamente que teria alguns outros dados, mas que não nos interessam no momento.
Esse extrato funciona como uma conta razão, na contabilidade, ou seja, os mesmos lançamentos devem contar tanto no extrato, como nos lançamentos contábeis. Vejamos, temos no extrato como a primeira operação a aplicação financeira no valor de R$ 1.000,00, como segundo lançamento o rendimento no valor de R$ 50,00, e temos os mesmos lançamentos no conta do razonete na contabilidade. Esse extrato comparado com o razonete da contabilidade demonstra que todos os lançamentos estão corretos, e ainda temos como ultima conferencia o registro do saldo final em 30/09/2005, que tanto no extrato como no razonete estão idênticos.
Feito isso temos todas as operações contabilizadas e podemos apurar o resultado, que será feito zerando as contas de resultado e transferindo o saldo para lucros ou prejuízo no patrimônio liquido da empresa conforme o caso.
Vamos a apuração:
Só temos uma conta de resultado para zerar o saldo que é a conta de Rendimentos de Aplicações Financeiras, para zerá-la fizemos um lançamento de R$ 50,00 a débito, identificado pela letra R entre parênteses, e transferimos tal valor para a conta de ARE, nesta o registro da transferência foi feito a crédito (se debitamos a conta de Rendimento de Aplicações Financeiras temos que fazer um crédito no mesmo valor em outra conta).
Após como já sabemos que o saldo da conta de ARE é de R$ 50,00 CREDOR, que identifica que foi o um lucro, zeramos o saldo dela também e transferimos para a conta de Lucros do Exercício. Identifiquem o lançamento com o T entre parênteses.
Feito isso temos a contabilização do resultado efetuada e podemos fazer o balanço para saber como ficou.
Percebam que a data do balanço agora é Setembro, indicando que o balanço foi feito no ultimo dia desse mês.
Utilizamos no exemplo a nomeação de Rendimento de Aplicações Financeiras para a conta que registra o ganho na aplicação, na prática tal conta pode ter vários nomes tais como: RENDIMENTO OBTIDOS, GANHOS DE RENDA VARIAVEL, JUROS ATIVOS e etc.
O que determinará a nomenclatura da conta será a necessidade de informações adicionais, a vivência do contador e outros fatores.
No meu ponto de vista tenho como muito interessante separar ao máximo (lógico que dentro da medida do possível e do conveniente) os tipos de contas que registram as receitas, despesas e custos, pois isso traz um benefício em informações.
Vamos supor que a empresa usa a conta de JUROS GANHOS, para registro de todas as receitas de juros, tais como juros por atraso, juros de aplicações e etc.
Isso torna difícil a interpretação, pois para saber qual o rendimento de uma aplicação numa determinada data teríamos que buscar o livro razão e ficar somando os valores que queremos (referente aos juros da aplicação), e separando os que não nos interessam.
Daqui a alguns poucos tutoriais, aprenderemos uma nova demonstração contábil, chamada de DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO, cuja finalidade é justamente essa de demonstrar de uma maneira prática como o lucro apurado foi obtido (TANTO FOI DE VENDA, TANTO FOI DE JUROS POR ATRASO E TANTO FOI DE JUROS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS e etc), e essa separação das diversas receitas, se torna útil na interpretação dessa demonstração.
E para conseguirmos chegar a esse ponto, precisamos saber identificar e contabilizar os vários tipos de receitas de uma empresa.
Até a próxima.
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