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FILTRO DE TUTORIAIS:


Avaliação de Mercadorias – 5.ª Parte

 

No tutorial passado fizemos o controle de estoque através dos três métodos básicos que aprendemos. E percebemos que apesar se efetuarmos os registros das mesmas operações o nosso valor do saldo final e o valor baixado do estoque eram diferentes nas três planilhas.

 

No presente tutorial vamos voltar a falar sobre essa diferença.

 

Inicialmente vamos dispor das três planilhas:

 

Planilha pelo PEPS:

 

 

Planilha pelo UEPS:

 

 

E por fim a planilha pelo Custo Médio:

 

 

Podemos ver que as unidades tanto de entradas, saídas e saldo final são iguais em todas as planilhas.

 

O valor de entrada da mercadoria também igual.

 

Agora no valor baixado do estoque, e no valor do estoque final temos diferenças nas três planilhas.

 

O quadro abaixo demonstra mais claramente essa diferença.

 

 

Vejam que a avaliação pelo método do PEPS nos dá um valor total baixado do estoque (valor na coluna de saídas) de R$ 880,00 e um saldo final de R$ 270,00.

 

O Método do UEPS nos dá um valor baixado do estoque de R$ 900,00 e um saldo final de mercadorias de R$ 250,00.

 

E o método do custo médio nos dá um valor baixado do estoque de R$ 888,80 e um estoque final de mercadorias de R$ 261,20.

 

Entender essa diferença será o nosso foco agora.

 

Antes de começarmos vamos definir alguns conceitos, sem os quais ficará difícil continuar o nosso estudo:

 

Ambientes Econômicos:

 

Considere a seguinte situação hipotética:

 

Hoje você vai ao mercado e compra um pacote de biscoitos por R$ 1,00, na semana seguinte você vai ao mesmo mercado o compra o mesmo pacote de biscoitos por R$ 1,20, e na terceira semana você vai ao mesmo mercado adquire o mesmo biscoito só que agora por R$ 1,30, e assim sucessivamente.

 

Essa situação acima, onde o preço do produto está em constante aumento chamamos de ambiente inflacionário (de inflação).

 

Agora, a situação inversa, onde na primeira semana você compra por R$ 1,30, na segunda por R$ 1,20 e na terceira por R$ 1,00, chamamos de ambiente deflacionário.

 

Ok?

 

Entendido isso, vamos voltar ao nosso estudo:

 

Inicialmente vamos estudar as diferenças ocasionadas pelo método de avaliação de estoque num ambiente inflacionário, no próximo tutorial veremos como fica no ambiente deflacionário.

 

Ambiente Inflacionário:

 

Num ambiente inflacionário, uma empresa compra os primeiros pacotes do biscoito XYZ por um valor mais baixo do que as últimas compras do mesmo biscoito certo? (R$ 1,00 depois R$ 1,20 depois R$ 1,30).

 

Observação: No exemplo acima utilizado para conceituar os ambientes econômicos, eu me referia a você como pessoa física comprando os biscoitos, agora eu estou fazendo uma referência como se fosse uma empresa comprando.

 

Apesar de estar utilizando os mesmos valores e produtos, são situações diferente uma não tem nada a ver com a outra. Ok?

 

Se essa empresa utiliza, para avaliar os seus estoques, o método do PEPS vocês concordam comigo que o valor da primeira mercadoria a ser baixado do estoque, será a que terá o valor mais baixo?

 

Agora se essa empresa utilizar o método do UEPS a mercadoria que será baixada do estoque será a que terá o valor mais alto não?

 

E se ela usar o método do custo médio?

 

Ela achará um meio termo entre o valor mais baixo e o valor mais alto.

 

Complicado?

 

Então vamos fazer um exercício para entender isso !!!!!!!!

 

As operações são as seguintes:

 

A empresa não tinha estoque inicial.

 

Dia 01 de Janeiro – Compra de 1 pacote de biscoito por R$ 1,00

Dia 02 de Janeiro – Compra de 1 pacote de biscoito por R$ 1,20

Dia 03 de Janeiro – Compra de 1 pacote de biscoito por R$ 1,30.

Dia 04 de Janeiro – Venda de 1 pacote de biscoito.

 

Nossa planilha de controle de estoque pelo método do PEPS ficaria da seguinte forma:

 

 

Vejam que a empresa não tinha estoque inicial de produtos.

 

No dia 01/01 comprou 1 unidade a R$ 1,00. No dia 02 comprou mais uma unidade do mesmo produto, por R$ 1,20 agora ficou com dois lotes de mercadorias, o primeiro (mais antigo) com uma unidade a R$ 1,00 e o segundo (mais recente) com uma unidade também a R$ 1,20.

 

No dia 03 comprou mais 1 unidade a R$ 1,30 nesse dia ficou com 3 lotes de mercadorias cada lote com uma unidade.

 

No dia 04 vendeu 1 unidade como estamos trabalhando com o método do PEPS a unidade baixada do estoque se refere a primeira unidade que entrou no mesmo, logo o seu valor é de R$ 1,00.

 

Vejam (façam as contas) que ficamos com o valor total de R$ 2,50 de mercadorias em nosso estoque final, sendo o mesmo composto de 2 unidades, uma a R$ 1,20 e a outra a R$ 1,30.

 

Então baixamos do nosso estoque a unidade mais antiga, que tinha o valor mais baixo do que as demais.

 

Vamos ver agora como ficaria a nossa planilha pelo método do UEPS.

 

 

Vejam que a planilha é basicamente a mesma as únicas diferenças são em relação ao valor da unidade baixada de nosso estoque, e o valor do nosso estoque final, agora pelo método do UEPS ficamos com duas unidades também, que totaliza m R$ 2,20. Sendo R$ 1,00 da mais antiga e R$ 1,20 da última mercadoria que ficou em nosso estoque.

 

Então quando trabalhamos com esse método baixamos de nosso estoque a mercadoria que tem o valor mais alto.

 

Vamos agora ver como ficaria a nossa planilha pelo custo médio:

 

 

Nossa planilha pelo custo médio tem um detalhe não temos mais lotes de mercadorias, a cada compra de mercadoria temos que calcular o custo unitário do produto considerando o valor da compra e mais os valores antigos que tínhamos em nosso estoque.

 

No dia 01 fizemos uma compra de 1 unidade a R$ 1,00, no dia 02 fizemos mais uma compra de uma unidade a R$ 1,20, agora ficamos com 2 unidades de mercadorias em nosso estoque, que totalizam R$ 2,20 (1,00 + 1,20), logo, o nosso custo unitário de cada unidade é de R$ 1,10 (2,20 : 2).

 

No dia 03 fizemos mais uma compra de 1 unidade agora por R$ 1,30, nosso estoque final nesse momento ficou de R$ 3,50 com 3 unidades, cada unidade equivale a R$ 1,17 (arredondando).

 

No dia 04 baixamos de nosso estoque, porque vendemos, 1 unidade que estava avaliada a R$ 1,17.

 

Então podemos perceber que a avaliação pelo custo médio nos dá um valor unitário de custo, maior do que o valor unitário dado pelo método do PEPS (pois este considera o valor mais antigo, assim o valor mais baixo), e menor do que o valor dado pelo UEPS (pois este considera o valor mais recente, mais alto).

 

Lembrando que estamos exemplificando a operação num ambiente inflacionário, onde os preços dos produtos estão em constante aumento.

 

Entendido a situação acima, vamos pensar e tentar responder a pergunta abaixo:

 

Quando baixamos o valor do nosso estoque pela venda de mercadoria, esse valor e lançado em quais contas?

 

Bom pela baixa da mercadoria, nós creditamos a conta de Mercadoria no razonete não?

 

Só que aprendemos que todo valor lançado a crédito deve ter um ou mais valores lançados a débitos que totalizem o mesmo quantum não?

 

E onde lançamos esse mesmo valor a débito, quando vendemos uma mercadoria?

 

Na conta de Custo das Mercadorias Vendidas (CMV).

 

Já sabemos também que essa conta é uma conta de resultado, ou seja, numa determinada data, ela vai ser zerada propositalmente com a finalidade de permitir a apuração do resultado.

 

E sabemos também que ela é uma conta de DESPESA.

 

Sendo ela uma conta de despesa ela reduz o lucro da empresa certo?

 

Até aqui ta fácil não?

 

Agora vamos ao pingo da questão:

 

Vimos acima que cada um dos métodos nos dá um valor baixado do estoque (um valor de custo da mercadoria) diferente.

 

O PEPS nos dá um valor menor do que todos os demais métodos afinal ele está considerando o valor mais baixo, o UEPS nos dá um valor baixado do estoque mais alto, pois para ele o valor baixado do estoque é o valor mais recente, e num ambiente inflacionário esse valor é o mais alto, e o custo médio nos da um valor mediano entre os demais de custo.

 

Vamos simplificar:

 

PEPS – apresenta um custo mais baixo.

 

UEPS – apresenta um custo mais alto.

 

Custo Médio – apresenta um custo no meio termo entre os demais, ou seja, um custo médio.

 

Baseado nas informações acima pode-se afirmar que o PEPS nos dá um lucro mais alto. Que o UEPS nos dá um lucro mais baixo, e que o Custo Médio nos dará um lucro médio entre os demais, certo?

 

Vamos supor que o preço de venda de cada pacote de biscoitos é de R$ 2,00.

 

O Lucro apresentado pelo método do PEPS seria de R$ 1,00 (2,00 – 1,00).

 

O Lucro apresentado pelo método do UEPS seria de R$ 0,70 (2,00 – 1,30).

 

E o lucro pelo método do Custo Médio seria de R$ 0,83 (2,00 – 1,17).

 

Notem também que o valor do estoque final em cada método de avaliação é diferente dos demais. Isso é lógico porque estamos com os mesmos valores de compras, só que baixando a titulo de custo da mercadoria valores diferentes, assim nosso valor de estoque final logicamente terá que ser diferente em cada método. O VALOR as unidades terão que ser iguais. Ok?

 

Um detalhe muito importante é que o único fator que ocasiona essa mudança é o método de contabilização do estoque. Ok?

 

Vamos fazer um exercício nos próximos tutoriais, onde demonstraremos isso usando varias lançamentos com receitas, despesas e custos diversos, nesse momento ficara mais fácil “visualizar” essa diferença o importante que você tenha na cabeça que a única coisa que mudou na empresa foi o método de contabilizar os estoques, todas as demais receitas e despesas são iguais, o método de avaliação de estoque é que fará com que o lucro ou prejuízo da empresa seja diferente.

 

No próximo tutorial faremos como essas mesmas contas num ambiente deflacionário, para ver como a coisa se inverte radicalmente.

 

Até a próxima.

 

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